domingo, 18 de janeiro de 2009

Abstrato

Abstratismos à parte, devaneios de lado, cumpre então divagar.
Serei capaz de fazer um poema?
que traduza estes dedos leves de brisa?
... esta cólica de saudade
... este rasgo de melancolia
... este cheiro de esperança úmido, recente
... este sopro de fé no futuro?
sem o que não vivo, não me movo,
sem que sou duro, burro e torto.

E onde esta brisa não bate?
Quem os acariciará com dedos leves de brisa?
Quão melancólica será sua saudade?
Quantos cortes de maldade?
Quem soprará um dizer estúpido, demente
... com odor de morrer prematuro?

Se eles pudessem, uma só vez
sentir a carícia do vento...
Onde os ares lhes levariam?
Em que chão se esborrachariam?
Para chorar, levantar e sorrir
Decolar para um vôo mais lento,
mais alto.
Onde a brisa não lhes afague o rosto
Nem os afogue num oceano de ar
Mas condense a esperança num rio
LiqueFeito para navegar.

4 comentários:

  1. Ih... lá vai:

    http://egorama.wordpress.com/

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  2. que loucura... escrevo um monte e eles só publicam o final...

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  3. Irado!

    Gostei da visita e da indicação! Estes escritos são seus?

    Se sim, achei excelentes!

    Fucei também no blog Sinapses... Muito bom!

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