sábado, 13 de novembro de 2010

Belle




Another sunny day, I met you up in the garden
You were digging plants, I dug you, beg your pardon
I took a photograph of you in the herbaceous border
It broke the heart of men and flowers and girls and trees

Another rainy day, we’re trapped inside with a train set
Chocolate on the boil, steamy windows when we met
You’ve got the attic window looking out on the cathedral
And on a Sunday evening bells ring out in the dusk

Another day in June, we’ll pick eleven for football
We’re playing for our lives the referee gives us fuck all
I saw you in the corner of my eye on the sidelines
Your dark mascara bids me to historical deeds

Everybody’s gone you picked me up for a long drive
We take the tourist route the nights are light until midnight
We took the evening ferry over to the peninsula
We found the avenue of trees went up to the hill
That crazy avenue of trees, I’m living there still

There’s something in my eye a little midge so beguiling
Sacrificed his life to bring us both eye to eye
I heard the Eskimos remove obstructions with tongues, dear
You missed my eye, I wonder why, I didn’t complain
You missed my eye, I wonder why, please do it again

The lovin is a mess what happened to all of the feeling?
I thought it was for real; babies, rings and fools kneeling
And words of pledging trust and lifetimes stretching forever
So what went wrong? It was a lie, it crumbled apart
Ghost figures of past, present, future haunting the heart

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fumaça

Continuo a espera,
de um sinal
que me derrube as lágrimas
que me inunde o peito
que me encha de vida

Continuo a vida
esperando

Continuo a vida
esperando

Sigo a sina da dura rotina
De achar outra rima
De brotar poesia
Na terra que a desilusão salgou

Espero dos céus um sinal de fumaça
um telefonema, um e-mail, um scrap
Qualquer coisa me faça chorar
Que rompa essa frieza dura
Dos dias em vão sem amar

domingo, 24 de outubro de 2010

Revolta

Tá aí
a revista moralista, traz uma lista dos pecados da vedete, do governo, do sistema.
sem solução.

A vida está sem solução?
Só nos cabe partir para a solução egoísta, individualista?
Só nos cabe o ódio?
Só nos cabe reclamar, calados, num confortável sofá comprado a prestação?

Chega de depressão.
Vem comigo.
Ignore esta merda toda.
Ignore quem te puxa pra baixo.
Abomine, também, a inveja e o racismo.

Levanta a cabeça, nego!
Olha adiante, a vida te desafiando.
E você com essa força toda,
acomodado, de cama.
Levanta a cabeça, truta!
Quem só chora, não mama.
E quem precisa mamar, hoje só pode chorar.

Vai ficar aí?
De canto vendo a história surgir?!?
vendo o mundo desmoronar...
Vai aguentar calado, aquilo que te indigna?
Vai apontar os erros, sem saber que quem julga é o primeiro a errar?

E você, mané?
Correndo aí atrás do seu...
correndo atrás de uma vida melhor.
Não esqueceu de algo pelo caminho?
Esqueceu que você não o que é, sozinho?
Vai abortar a responsabilidade?
de pensar maior...
além de seu mundinho pequeno.
além da sua vida irrelevante e medíocre.

Vai?
Assim?
Sozinho? ou pouco e mal acompanhado?
enquanto a maioria come o pão que o diabo amassou...
enquanto o ódio prolifera nas ruas, favelas, nos guetos.

Vai fingir que a vida não te dá uma enorme vontade de chorar?
Vai fingir que a revolta não toma conta do seu peito, seus braços?
Que não quer virar os carros numa segunda-feira de chuva, ou de sol,
em que a vida te pede paixão e te exige razão,
diante de cada injustiça, aprovada em cada silêncio hipócrita,
aprovada em cada operação bancária
cada voto racista
cada escolha ignorante, cada opção preguiçosa pela ignorância.

Vai fingir?
Que o problema tá só nos outros?
Vai fingir que não é com você?
Que você não faz parte de tudo isso?
Que você pode se eximir?

Ledo engano.
E minha enorme revolta,
diante de seu ledo engano.

Imprevisível

Numa noite qualquer,
afogado num copo de um destilado qualquer
sentindo paixão
sentindo.

Procurando, incessantemente, a inspiração
Deixando-a escapar
sentindo ódio
sentindo rancor
sentindo.

Com o olhar perdido...
perdido em conforto, lágrimas e amor
mas acima de tudo perdido
porque sei que a vida não é saber aonde ir
porque sei que não sou eu quem dá o tom
nem o ritmo da dança
porque sei que tudo pode estar por um fio
e mesmo assim
preciso apostar no mínimo de segurança que tenho.

Sentindo frio
Sentido fome
Triste
E além de tudo,
feliz pelo que o imprevisível me reserva.

Pelo que se foi,
e do que sinto saudade
e pelo que ainda há de vir,
pelo que não posso prever nem controlar.

Hoje,
com alguma maturidade, talvez...
olho a vida e toda sua imprevisibilidade
olho o que posso
o que conquistei
e sinto apenas
unicamente e apenas
uma grande vontade de viver
ainda mais do que já vivi,
mas do meu jeito
aproveitando cada segundo
de emoção ou de ócio.

Seguindo
com os olhos cheios de lágrimas
alguns buracos no peito
várias, muitas, cicatrizes
sabendo que hei de voar
e me esborrachar na terra
que hei de sentir a glória
e noutro dia a vergonha.

E noutro dia, o prazer e a dor de outro dia.
Até esgotar-me,
e chegar ao fim
Como todo poema há de chegar
com todos seus defeitos risíveis
sem glória
sem palmas
e talvez,
com algumas lágrimas suspeitas.

domingo, 12 de setembro de 2010

10 - Protocolo

Desrespeito a regra, a ordem, a Justiça!
Quebro o protocolo.

Do inesperado, surge a brecha por onde a vida entra
Iluminando novos e velhos cantos da mente
Despertando outras sensações
Outros motivos para se indignar,
para se apaixonar
e viver.

Poema Pílula 9 - Suddenly

De repente, aquela batida quadrada do peito
acelera

reverbera a imagem, o cheiro, o calor.

De repente, muito mais que de repente.

domingo, 25 de julho de 2010

Rap du Bom - GOG

Som que descobri esses dias.

Não é novo, mas vale compartilhar porque é sensacional.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quem quer a guerra?

Belo video, com discurso de um veterano de guerra no Iraque.

Um belo contraponto à ode à guerra feita pelo filme War on Terror.



Emocionante!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O momento

No es facil!

Talvez fosse a hora.
os minutos, dias, semanas,
tivessem passado o suficiente
para reconhecer que nada é assim
tão trivial
tão preto no branco
Tão matemática.

Talvez fosse o tempo
de compreender que há nuances
que as relações são fluidas
que lágrima e sorriso andam juntas
de mãos dadas.

Talvez fosse o momento
o momento ideal
para assumir que nossos julgamentos são falhos
especialmente quando estamos com os dedos apontados
plantando rancores
colhendo culpados.

Nesses lapsos,
no interstício
o peito bate
o coração apanha
os olhos se inundam.

Nessa pausa
abstrata
em que o peito se revira
em que me sinto minúsculo
em que me sinto só

Que o peito pulsa novamente
me lembrando que é preciso seguir adiante
que a vida não pára
Que é importante aprender a chorar
E a esquecer
Que é importante se lembrar de sorrir
Ainda que não se lembre o motivo

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Comovente

As agruras da guerra relatadas através da areia. Muito bonito!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Indefinível

Rouba de mim o nada que me restou
E me devolve à vida
Um pouco mais nu que quando vim ao mundo
E um pouco mais inteiro.

Arranca de mim as últimas gotas de suor,
O último sopro de vida.
As últimas lágrimas de sangue.
E me lança em espiral pelos ares
Em rota irracional
Em reta loucura
Em outros tortos itnerários.

Destrua o que sobrou das minhas poucas certezas
Esmaga o que restou da minha utopia
Derruba-me então dos céus
E quebra minha cara no duro solo da realidade
Partindo esse concreto
Pra que possa nascer uma flor
Brotar outro sonho,
Até surgir o monstro do rastelo,
o próximo recapeamento,
ou aquela moça indefinível cravar seu salto em meu coração.

domingo, 11 de abril de 2010

Frases e Ideias 1 - Pachukanis

Na falta de inspiração, nada melhor do que circular algumas frases e ideias (odeio a reforma ortográfica) que a gente lê por aí.

A que vai abaixo, é literatura amplamente subversiva. Trata-se do autor E. B. Pachukanis, em seu livro Teoria Geral do Direito e Marxismo.

Ideologias à parte, a obra traz ideias muito importantes. Como esta, compartilhada sem muita inspiração neste momento:

Toda a ideologia perece simultaneamente com as relações sociais que a geraram. Porém, este desaparecimento definitivo é precedido por uma fase onde a ideologia perde, sob os golpes desferidos pela crítica, a capacidade de dissimular e velar as relações sociais das quais nasceu. Despir as raízes de uma ideologia, é o sinal certo de que o seu fim se aproxima. Pois, como dizia Lassale, "o índício de uma nova época jamais se manifesta senão através da aquisição da consciência do que até então era a realidade em si".

PACHUKANIS, Teoria Geral do Direito e Marxismo, Ed. Acadêmica, São Paulo, 1988, pp. 29.

sábado, 6 de março de 2010

Me pa ba (outra versão)

Ultimamente este blog sido um pouco monocórdico com a questão ambiental. Não há o que fazer. O tema tem mobilizado meu coração.

Mais uma música visionária, com ótima letra e sentido, que serve também como dica dessa ótima cantora que é a Mariana Aydar.

Pra bom entendedor, já disse alhures, me pa ba.



Pra bom entendedor, meia palavra bas
Eu vou denunciar a sua ação nefas
Você amarga o mar, desflora a flores
Por onde você passa, o ar você empes

Não tem medida a sua ação imediatis
Não tem limite o seu sonho consumis
Você deixou na mata uma ferida expos
Você descore as cores dos corais na cos
Você aquece a Terra e enriquece a cus
Do roubo, do futuro e da beleza, augus

Mas do que vale tal riqueza?
Grande bos
Parece que de neto seu você não gos
Você decreta a morte, a vida indevis
Você declara guerra, paz, por mais bem quis
Não há em toda fauna, um animal tão bes
Mas já tem gente vendo que você não pres

Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Pra bom entendedor, meia palavra bas

Pra bom entendedor, meia palavra bas
Eu vou denunciar a sua ação nefas
Você amarga o mar, desflora a flores
Por onde você passa, o ar você empes

Não tem medida a sua ação imediatis
Não tem limite o seu sonho consumis
Você deixou na mata uma ferida expos
Você descore as cores do coral na cos
Você aquece a Terra e enriquece a cus
Do roubo, do futuro e da beleza, augus

Mas do que vale tal riqueza?
Grande bos
Parece que de neto seu você não gos
Você decreta a morte, a vida indevis
Você declara guerra, paz, por mais bem quis
Não há em toda fauna animal, um tão bes
Mas já tem gente vendo que você não pres

Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Não vou dizer seu nome porque me desgas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Bom entendedor, meia palavra bas
Pra bom entendedor, meia palavra bas
Tá?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

E você?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mestre

Puta que o pariu, esse cara é muito fera!!!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Procura-se 2



Es el principio y el fin,
así me siento yo, hoy…

Abre las puertas de la percepción,
usa el poder de tu imaginación,
aunque no puedas mirar hacia el sol,
sabes que sigue brillando.

Piensa en las cosas que te hacen sentir,
cada segundo vivir y escapar,
este momento y la gente pasar,
sientes por dentro que todos se van.

Desde el principio, al fin,
sólo quisimos vivir.

Por qué es tan difícil, creer?

Que no habrá un mañana jamás.

Abre las puertas de la percepción,
Usa el poder de tu imaginación,
Aunque no puedas mirar hacia el sol,
Sabes que sigue brillando.

Piensa en las cosas que te hacen sentir,
cada segundo vivir y escapar,
este momento y la gente pasar,
sientes por dentro que todos se van.

Hacia el sol…
Hacia el sol…

Abre las puertas de la percepción,
usa el poder de tu imaginación,
aunque no puedas mirar hacia el sol,
sabes que sigue brillando por ti.

Piensa en las cosas que te hacen sentir,
cada segundo vivir y escapar,
este momento y la gente pasar,
sientes por dentro que todos se van.

Sientes por dentro que todos se van, (x11)
sientes tu alma queriendo escapar.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Procura-se

Procura-se novos espaços
novos amores
novos sabores

Deseja-se outros amigos
outras ternuras
outros temores

Espero por novos olhares
novos ruídos
novos rumores

Procura-se outros lugares
outros sentidos
otras colores

Varia-se a roupa, o cabelo, o idioma
tentando fugir deste estado de coma

Varia-se o ritmo e o tom
o passo e o compasso
a dança e a mudança

Procura-se a alma do corpo
Se você a viu por aí
Devolva-me