terça-feira, 11 de maio de 2010

Indefinível

Rouba de mim o nada que me restou
E me devolve à vida
Um pouco mais nu que quando vim ao mundo
E um pouco mais inteiro.

Arranca de mim as últimas gotas de suor,
O último sopro de vida.
As últimas lágrimas de sangue.
E me lança em espiral pelos ares
Em rota irracional
Em reta loucura
Em outros tortos itnerários.

Destrua o que sobrou das minhas poucas certezas
Esmaga o que restou da minha utopia
Derruba-me então dos céus
E quebra minha cara no duro solo da realidade
Partindo esse concreto
Pra que possa nascer uma flor
Brotar outro sonho,
Até surgir o monstro do rastelo,
o próximo recapeamento,
ou aquela moça indefinível cravar seu salto em meu coração.

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