sexta-feira, 17 de julho de 2009

Chorei

Chorei,
Mas de meu rosto não escorreu sequer uma lágrima, sequer um pouco de água e sal capaz de borrar letras tristes num papel.

Chorei três vezes, sequer uma lágrima.

Gritei, mas não se ouviu a queda de uma agulha, não se ouviu sequer o farfalhar das folhas nos galhos, não se ouviram grilos nem cigarras. Não se ouviu.

Gritei mais de três vezes. Gritei mais de dez vezes, até ouvir o silêncio ecoar em meu peito.

Sonhei, como sonham crianças. Sonhei acordado. Sonhei mais de uma vez. Mais de três, mais de dez. Sonhei incontáveis noites sem sono em transformar a realidade que não me deixa dormir. Sonhei com as lágrimas acumuladas em meu peito.

Sonhei mais de uma vez. Sonhava acordado.

Cantei baixinho. Era uma melodia triste e fiquei melancólico. Atravessei o inverno, recolhi folhas e flores e frutos. E não se ouviu as folhas farfalharem no vento que abafou meu canto.

E eis que agora ouso derrubar uma gota. Esboçar uma palavra. Transformo o sonho em realidade e a realidade em sonho. E os olhares desconfiados pairam sobre mim, o pobre coitado.

Chorei de rir, engolindo mágoas e sorrisos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Causas que apóio 3 - Os marginais do Tietê

Estou sem palavras para descrever a humilhação da natureza que estamos vendo acontecer mais uma vez. Que covardia!

Até quando vai ser assim? Não me interessa quantas árvores serão replantadas. Isso não vai reparar o dano causado ao meio ambiente.

Um dia olharemos para trás. E iremos desfazer as calhas do Rio Tietê e as pistas que lhe cercam, que não lhe deixam mais alagar.

Vai demorar 200 anos... se vivermos até lá.

Minha indignação não tem limites. Essa gente nunca teve, nem nunca terá meu voto.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Música na Net 6 - Shake it baby

Achei esse podcast ontem de madrugada na rede. Compartilho, pois.

O site dos caras fica aqui.

Não sei por que diabos o player ficou cortado, mas tá funcionando. Aperte o play e boa viagem!

domingo, 5 de julho de 2009

Poema Pílula 7 - Amor

Amor,
o verdadeiro poema,
não está na tinta que escorre da pena,
mas no que a palavra sugere ao leitor.