Adapatação de texto originalmente escrito em 12.09.06, mas que reflete o que sinto até hoje.
E que se fodam os caretas.
E que se foda toda sua hipocrisia, seu sorriso amarelo.
Danem-se todos os números que movem seu corpo,
Danem-se boletos e extratos bancários.
Danem-se os guichês, filas, senhas, holerites.
Explodam os caretas.
Enforquem-se em suas gravatas, ternos, paletós.
Afoguem-se com seus contadores, procuradores, procurações.
Danem-se todos os burocratas.
Ratos sujos que se alimentam de leis em putrefação.
Corrijam já, monetariamente, seus créditos.
Atualizem todos os valores que possuem.
Mas não ousem corrigir minha postura,
Tampouco meu modo de enxergar a vida.
Não sonhem em me atualizar sobre o mercado.
São vocês que vivem no passado.
Corretivos, corredores, corretores.
Fugitivos, roedores, desertores.
Desistiram da vida mais bela.
Traíram a prosa e a poesia.
Persistiram, suicidas, nesta cela.
Desistiram da rosa e da alegria.
Enquanto o mercado opera seus lucros,
E o dióxido de carbono destrói meu pulmão,
Cola em minha garganta e me sangra o nariz.
Enquanto morro enforcado em gravata,
Sufocado em fumaça.
Enquanto esquivo da bala perdida...
Há um lugar em que,
Durante todos esses dias,
A natureza bebe da água limpa.
Indiferente e despreocupada.
Caretas malditos,
Covardes!
Não haverão de me contaminar!!!
Há 4 anos
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