sábado, 10 de novembro de 2007

Recomeço

Em todo lugar, informação.

A mim, então resta o revide a provocação,

a resposta para dar,

o fazer eco a um coração.

Ao meu.


Meu coração ecoa tudo isto,

Tudo que vocês me atiram na cara.

A verdade crua,

A espontaneidade nua,

A concentração de poder,

A arrogância ilimitada,

A delicadeza insegura

A firmeza ilusória,

Tudo aguardando resposta. Uma resposta à altura.


E de repente, esta fuzarca na minha frente.

Esse desfile de carnaval.

E toda minha insegurança me sobe à face.

Sinto a alma nua,

A espontaneidade dura.

O poder de concentração, dispersar.

A firmeza, limitada.

A arrogância, insegura.

Volto ao meu lugar.

Ao meu.

...

E meu coração deixa de ecoar.

Vive apenas pra bater sem apanhar.

E o monte de informação que me aflige, fica sem resposta.

Ou fica só com uma resposta torta. Como minhas idéias.


É abstrato, sim. E daí?

Não importa mesmo o que digo ou o que falo...

O que importa é o espaço em que calo.

Onde as idéias vibram em ebulição.

Onde o peito vive em erupção.

E meu calor me queima por dentro.


Eu revido e me viro ao avesso.

Me reviro, troco o nome e o endereço.

Estou vivo, e isso é só o começo.

E daí?

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