Podemos indagar sobre minha intenção
em escrever o que está escrito
em dizer o que está dito
em fazer o que já foi feito
Podemos debater horas à fio
Se deixei algo nas entrelinhas
E se o percurso por estas linhas
Deixou algo em mim, em você
Podemos discutir as infinitas interpretações possíveis
Deste poema(?), de uma frase, de uma palavra.
Poderei eu mesmo, reinterpretá-los com novas lentes
Com luzes mais claras, escuras ou coloridas.
Ou simplesmente irradiadas por um outro ângulo,
de um outro tempo.
Mas eu estou certo que no que digo (e escrevo)
Há mais do que eu mesmo racionalmente pretendo.
Que o que sinto (e descrevo), não cabe em uma página qualquer,
de papel ou de computador.
E que em toda a angústia que derramo em mensagens de texto, em recados de celular ou num olhar desamparado, não importa tanto quais eram as minhas intenções (e será que mesmo eu as conheço?), mas sim o olhar do intérprete. E sua retribuição através da qual me reconstruo.
Valerá então o meu esforço em descrever o rio de lágrimas que brota em meus olhos?
Valerá então a saliva que desperdiço em minhas juras de amor?
Valerão estes rascunhos de pensamento tão só como desabafo do que não cabe e não pode caber em mim?
É a eterna, mas acima de tudo, a presente indagação.
Há 4 anos
Luiz, é você??? =P
ResponderExcluirAdorei o blog!
Beijos,
Lú