Escrito originalmente em 10.08.06
Poema que brota em mim.
Poema que nasce de repente
Que me eleva aos céus
E me revela encantos
E que me joga ao chão
E me derruba em prantos
Poema súbito, incisivo
Contra o qual sou impotente.
Poema violento, agressivo,
Que me arrebata a mente, e mente.
Poema que me engana,
Que cega minha visão insana,
Completamente.
Poema que me faz sofrer.
Que me relembra amor
Que me destrói a infância
Poema que esmaga flor.
Poema agudo, pontiagudo,
Cortante.
Frases, fases, rimas,
Cor do que me fez amante.
Cor do que desbota em mim.
Água suja dos meus sonhos pelo ralo.
Mentes sujas que não sabem do que falo.
Cores mortas e um poema que as aborta.
Palavras tortas, que ferem o peito, porque calo.
E daí, a vida entorta,
E a palavra já não cabe em minha boca.
E mesmo que eu não a entenda,
Mesmo que não haja dicionário que a explique.
Que não haja língua que a fale
Nem boca que receba seu beijo doce
A palavra explode,
A palavra escala e estala.
Violentamente.
Violenta, mente.
Violenta a mente
Nos versos de um poema sem sentido.
Nos pensamentos de um peito doído.
Nos controversos dias sem sentido.
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