segunda-feira, 7 de abril de 2008

Merda minha.

Olho ao redor
As pessoas estão na merda.
Pessoas assitindo merda.
Empanturradas de merda.
Pessoas falando merda.
Repetindo merda.
Merdas empurradas goela abaixo
de pessoas com cabeça de merda.

Escatológico, sim! Um grande cocô!

Merda por merda,
prefiro as merdas que falo,
as bostas que penso,
as merdas que faço,
meu viver intenso.

Merda por merda,
prefiro as bostas que calo,
os sapos que engulo,
as regras que cago,
meu poema chulo.

Minha merda, pelo menos, é merda minha,
Da merda das minhas idéias.
E não das idéias de merda,
que se vê por aí!

Minha merda, pelo menos, é merda pura.
Ainda que não seja limpa,
Ainda que não seja dura,
Ainda que não seja linda,
Ainda que não seja escura.

Cagar letras num papel
Borras as teclas do teclado
me alivia.
É prerrogativa de todos, necessidade minha
Direito sagrado,
do cú do aposentado,
à bunda da criancinha.

Mas minhas fezes,
na maior das vezes,
buscam ter consistência.
Mesmo meus gases,
Na pior das fases,
Tentam ter coerência.

Não como merdas, de outros merdas, por aí.
Sem recheio, mira ou meta a atingir.
Merdas que enchem nossa cabeça de bosta.
Fezes sem teses,
que a imensa maioria gosta.
Bosta sem proposta,
que a imensa maioria bebe. E ri!

Merda por merda.
Minha merda, pelo menos, é merda minha!

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