Não se trata só de trânsito, do tipo de combustível e energia que produzimos. Trata-se da organização espacial do trabalho, do modo que vivemos, da paixão pelo crescimento, pelos grandes negócios, do nosso excesso de individualismo.
Sei que é óbvio. Mas não custa lembrar.
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Taxa de CO2 na atmosfera bate recorde em 2007
O nível de concentração na atmosfera de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa, bateu novo recorde. De acordo com o observatório de Mauna Loa, no Havaí, o índice em 2007 chegou a 387 partes por milhão (ppm) - cerca de 40% a mais do que havia antes da Revolução Industrial, no século 19.
Essa é também a mais alta concentração nos últimos 650 mil anos, de acordo com dados paleoclimáticos. O observatório é o centro mais tradicional de medição de CO2 no mundo, realizando análises ininterruptas desde 1959. Partiu dali o primeiro alerta de que a quantidade de gás cresce anualmente, confirmado depois por outras fontes.
Os dados ainda são preliminares e foram publicados no site da Noaa (www.noaa.gov), a agência americana de atmosfera e oceanos. Eles mostram também que, além da concentração recorde, a taxa de crescimento entre 2006 e 2007 foi alta, de 2,14 ppm. Em 2006, ela foi de 1,72 ppm. Nos últimos dez anos, essa é a 5ª taxa mais elevada, depois de 1998 (3 ppm), 2002 (2,55), 2005 (2,53) e 2003 (2,31). Entre 1970 e 2000, a concentração cresceu cerca de 1,5 ppm por ano.
A estimativa de crescimento anual de Mauna Loa pode ser diferente da média global. Contudo, os cientistas do observatório estimam que a diferença é pequena, de cerca de 0,26 ppm.
A concentração de CO2 na atmosfera e de outros gases, como o metano (NH4), emitidos especialmente por atividades humanas, é a causa do efeito estufa exacerbado e do aquecimento global que ocorrem hoje, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
Atualmente, o único acordo global que visa reduzir a concentração de CO2 é o Protocolo de Kyoto, em vigor desde fevereiro de 2005.
Ele, contudo, está distante do necessário: é voltado apenas para os países desenvolvidos, que devem cortar suas emissões em 5,2%, em média, até 2012.
Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2008/05/13/ger-1.93.7.20080513.6.1.xml
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